domingo, 1 de fevereiro de 2009

amor em minúscula

Desde Marley & Eu – tanto o livro quanto o filme –, minha sensibilidade em relação a animais viu-se seriamente aumentada. Foi por isso que nestes últimos dois dias me vi grudada em um livro que estampa, em sua capa, a figura de um gatinho amarelo. Amor em minúscula, o título.

Como de costume, desde o início eu estava errada. Marley já havia me ensinado que você pode se emocionar com a história de um cachorro mesmo não tendo um em casa, por isso me preparei para que uma ou duas lágrimas fossem derramadas às custas do gato. Só que dessa vez, ao invés de ser tomada por uma tristeza sem fim, fechei a contracapa do livro com um sorriso. Mas eu tenho uma explicação.

Começo pelo fato de que a obra, apesar de ostentar um bichano na capa, vai além da relação dono/animal de estimação. Vai além até do que eu poderia imaginar encontrar ali dentro. O que seria isso? As pequenas coisas, claro. Sempre elas.

A tigela de leite do gato leva o protagonista ao apartamento do vizinho, que o leva a uma loja distante, que o leva a um semáforo no qual reencontra um amor perdido 30 anos atrás. O amor em minúscula, nome dado a estes pequenos acontecimentos capazes de mudar o trajeto dos seres humanos, é a principal lição trazida pelo autor, o espanhol Francesc Miralles. A principal, mas não a única.

Talvez o tema soe batido para muitos, afinal, é comum encontrá-lo em correntes de e-mails e livros de auto-ajuda. No entanto, é curioso como a cada vez ele toma um sentido diferente. Recomendo a leitura, e o que é mais curioso: talvez não seja por acaso.

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