domingo, 28 de junho de 2009

É normal não se reconhecer no próprio texto? Tenho a impressão de que a maior parte dos meus escritos não tem a minha cara - ou talvez não tenha a cara que eu gostaria de ter.

Prosseguir

Tenho medo de muitas coisas. Das escolhas, das conseqüências, do futuro - de tudo isso que assusta qualquer pessoa normal. Não há nada de estranho em temer o que está por vir. Afinal, ninguém sabe o que pode acontecer daqui a pouco. Eu posso continuar aqui ou resolver sair de casa, dobrar à esquerda ou à direita, dar a volta na quadra ou seguir reto. São muitas as possibilidades, poucas as certezas.

Viver é assim mesmo. Tentar ver além pode não ser uma boa idéia.

Eu sempre tive problemas com o "e se". E se eu disser o que eu estou pensando? E se eu não disser? Por tentar ser sincera sempre, pra não dar chances ao "e se", consegui transformar minha visão realista da vida em insegurança. Na verdade, eu só não gosto de voar demais e fingir que o chão não está lá embaixo. Ele vai sempre estar. Nós vamos sempre cair.

Isso pode parecer um tanto pessimista, mas não é. Uma queda nem sempre é ruim, um vôo nem sempre é bom. Que mal há nisso? Ninguém gosta de se machucar, é lógico - mas cicatrizes não existem por acaso. Elas estão ali para nos lembrar que não vai ser fácil. De qualquer maneira, é possível prosseguir. Com ou sem medo.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Eu ainda não entendo por que tenho um blog, se a maior parte das coisas que eu escrevo não pode ser publicada.

domingo, 21 de junho de 2009

O Sol

Sabe, às vezes eu prefiro desenhar um sol na janela do que ver a chuva lá fora. E se em um dia desses me perguntarem se está tudo bem, eu vou dizer que sim - que mal tem uma mentirinha? Enquanto os raios no vidro não me deixarem enxergar a tempestade que está caindo, isso até vai ser verdade. Desde que a água não apague a tinta com que eu pintei a minha alegria, as coisas vão continuar sob controle.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sempre mais

"Não se deve estar nunca satisfeito com o que se fez. Nunca está tão bom quanto seria possível. Sempre sonhe e mire acima daquilo que você sabe que pode fazer. Tente ser melhor do que você mesmo."

William Faulkner, Escritores em Ação

sábado, 6 de junho de 2009

Obrigada

Hoje eu realmente entendi o que há muito já sabia, mas ainda assim não tinha experimentado: tenho amigos muito especiais.

Por mais que a minha vontade seja de jogar tudo para o alto, eu não vou. Não por mim, mas por vocês. Porque o que eu vivi nesses últimos anos não tem preço, e muita gente ainda merece passar pela mesma experiência.

Obrigada pelas conversas, pelos conselhos, pelo interesse. Não fosse tudo isso, hoje eu não seria quem sou.

Pra quem não entendeu, isso pode explicar melhor:
http://uzina.wordpress.com/2008/08/10/eu-fui-enganado-no-clj/